Thursday, April 19, 2007

Napoleão Bonaparte, nasceu em Ajaccio, Córsega, a 15 de Agosto de 1769 e faleceu em Santa Helena 5 de Maio de 1821.

Foi o dirigente efectivo da França a partir de 1799 e foi Imperador da França a partir de 18 de Maio de 1804 até 6 de Abril de 1814 , adoptando o nome de Napoleão I, posição que voltou novamente a ocupar a partir de 20 de Março a 22 de Junho de 1815.

Além disso, conquistou e governou grande parte da Europa central e ocidental.
Napoleão nomeou muitos membros da família Bonaparte para monarcas, mas eles, em geral, não sobreviveram à sua queda.

Foi um dos chamados "monarcas iluminados", que tentaram aplicar à política as ideias do movimento filosófico chamado Iluminismo.

Napoleão Bonaparte tornou-se uma figura importante no cenário político mundial da época, já que esteve no poder da França durante 15 anos e nesse tempo conquistou grande parte do continente europeu.

Os biógrafos afirmam que seu sucesso deu-se devido ao seu talento como estrategista, ao seu talento para empolgar os soldados com promessas de riqueza e glória após vencidas as batalhas, além do seu espírito de liderança.

Era napoleónica
A sociedade francesa estava passando por um momento tenso com os processos revolucionários ocorridos no país, de um lado com a burguesia insatisfeita com os jacobinos, formados por monarquistas e revolucionários radicais, e do outro lado as tradicionais monarquias europeias, que estavam temendo que os ideais revolucionários franceses se difundissem pelos seus reinos.
O governo do Directório foi derrubado na França sob o comando de Napoleão, que, junto com a burguesia, instituiu o consulado, primeira fase do governo de Napoleão.
Este golpe ficou conhecido como 'Golpe 18 de Brumário' (data que corresponde ao calendário estabelecido pela Revolução Francesa e equivale a 9 de novembro do calendário gregoriano) em 1799.
Muitos historiadores alegam que Napoleão fez questão de evitar que camadas inferiores da população subissem ao poder.
O fim do processo revolucionário na França, com o “Golpe 18 de Brumário”, marcou o início de um novo período na história francesa, e consequentemente, da Europa: a Era Napoleónica.
O seu governo dividia-se em três partes:
· Consulado (1799-1804)
· Império (1804-1814)
· Governo dos Cem Dias (1815)
Consulado

O governo do consulado de Napoleão foi instalado após a queda do Diretório.
O consulado possuía características republicanas, além de ser centralizado e controlado por militares.
No poder Executivo, três pessoas eram responsáveis: os cônsules Roger Ducos, Emmanuel Sieyès e o próprio Napoleão. Apesar da presença de outros dois cônsules, quem mais tinha influência e poder no Executivo era Napoleão, que foi eleito primeiro-cônsul da República.
Foram criadas novas instituições com carácter democrático, para disfarçar o seu centralismo no poder.
As instituições criadas foram o Senado, Tribunal, Corpo Legislativo e o Conselho de Estado. Mas o responsável pelo comando do exército, pela política externa, pela autoria das leis, e pela nomeação dos membros da administração era o primeiro-cônsul.
Quem estava no centro do poder na época do consulado era a burguesia (os industriais, os financistas, comerciantes), e consolidaram-se como o grupo dirigente na França.
Os ideais "liberdade, igualdade, fraternidade" da época da Revolução Francesa foram abandonados, e através de forte censura à imprensa, e a acção violenta dos órgãos policiais, a oposição ao governo foi desmanchada.
Reforma dos sectores do governo francês
Durante o período do consulado, uma recuperação económica, jurídica e administrativa ocorreu na França.
Napoleão realizou diversos feitos em áreas diferentes durante este período.
Economia - o Banco da França foi criado, em 1800, controlando a emissão de moedas, reduzindo a inflação. As tarifas impostas eram proteccionistas (ou seja, com aumento de impostos para a importação de produtos estrangeiros), o resultado geral foi uma França com comércio e indústria fortalecidos, principalmente com os estímulos a produção e consumo interno.
Religião - com o objectivo de usar a religião como instrumento de poder político, Napoleão assinou um acordo, a Concordata (1801), entre a Igreja Católica e o Estado. O acordo, sob aprovação do papa, dava o direito do governo francês de confiscar as propriedades da Igreja, e em troca, o governo teria de amparar o clero. Napoleão reconhecia o catolicismo como a religião da maioria dos franceses, mas dava-se o direito de escolher bispos, que mais tarde seriam aprovados pelo papa.
Direito - o Código Napoleônico, um Código Civil, foi estabelecido em 1804, representando em grande parte interesses dos burgueses, como casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos perante à lei. Está em vigor até o dia de hoje, embora com consideráveis alterações legislativas posteriores.